16 de janeiro de 2007

Tudo e Menos Alguma Coisa

Não há dúvida que todo e qualquer metropolitano constitui um importante meio de transporte, não só porque facilita o deslocamento pelas cidades "cacafónicas" de hoje em dia, de forma mais rápida, mas também porque representa um grandiossíssimo meio de rendimento para uma elevada fracção da população. Passo a explicar: tendo em conta, especificamente, a crise socio-económica em que o planeta se encontra, à falta de emprego ou trabalho, segue-se o caminho mais cansativo (porque a fuga tem de ser rápida e eficiente - a polícia não perdoa) e, dependendo do público alvo, o mais lucrativo, no que toca à relação esforço/preço. Neste contexto, muitos são os que trabalham de sol a sol para conseguirem afrontar alguém que passe com um IPOD na mão ou um Nokia 5300. Esses são os chamados dias de sorte. Os simplesmente normais são aqueles em que os pobres dos coitados dos senhores só levam para a familia um porta chaves comprado nos chineses ou um telemóvel desactualizado por uma semana. Claro que, aqueles que não têm nada melhor para fazer, adoptam esta profissão por hobbie.
Mas o assunto sobre o qual eu me queria, de facto, debruçar, é relativo a uns seres que habitam o metropolitano, temidos por todos e os mais facilmente esquecidos, igualmente. Que bicho será? Nada mais nada menos que as portas eléctricas do metro (perdoem-me as portas se não as estiver a denominar correctamente). Se ainda não foram vítimas das suas mais terríveis crueldades, os meus parabéns! Fui apanhada, no espaço de meia hora, por duas delas. E cheguei à conclusão que o que elas querem é atenção, mostrarem que existem e que servem para alguma coisa! Querem participar na vida dos cidadãos, e nada melhor que atrasar filas de "pessoinhas", magoá-las literalmente e fazer dizê-las "Ai, credo!".
Posto isto, acho que as portas eléctricas do metro devem aparecer no top 10 dos Grandes Portugueses!

4 comentários:

Colesterol disse...

Não há nada mais verdade que isto. As portas eléctricas do metro apanham qualquer um desprevenido e, falo por experiência, já que eu própria proferi a frase "Ai, credo!" já por diversas vezes. No entanto, para quem está de fora a ver alguém ser entalado pelas benditas portas, pode ser um acontecimento algo engraçado e que até chega para começar bem o dia.

Romã disse...

Eu posso aqui afirmar que ja presenciei um acontecimento destes envolvendo duas pessoas q tenho em grande consideração e foi algo para recordar mais tarde. Gostei muito da tua iniciação bloquistica, continua assim! E a ultima frase está algo genial! Bem hajas.

Anónimo disse...

lol este ta giro

Anónimo disse...

nao esta nas minhas mãos dizer mal destes amores, visto que, em plena viagem de finalistas, pelo centro parisiense, uma professora minha teve o azar (azar para ela, claro) de ser apanhada em flagrante pelas benditas portas. E lá lhe saltaram os óculos. Por isso, 'Ai, credo' as portas francesas tambem têm das suas...c'est la vie